segunda-feira, 5 de março de 2007

Jorge Ben - A Tábua de Esmeralda (1972)


Violão pandeiro, samba único, ritmo contagiante, letras descontraídas. Realmente, o som percusivo, inigualável, simples, mas pertinentes de suas cordas não deixam dúvidas, ele chegou, em A tábua de esmeraldas, ao ápice. Mas, sinceramente, repetir isso sempre soa como elogios vazios aos dotes de uma linda princesa que tem muito, muito mais a dizer.

Se à posteridade restasse apenas o conhecimento das divindades supremas, ela estaria lá, esperando sua hora de dizer, sorridente e discreta. Não como uma deusa em meio aos seus iguais, mas apenas um ser mortal que compreendeu a filosofia universal e transmitiu isso de forma despretensiosa.

Se acaso voltassem os deuses astronautas, ficariam perplexos ao reconhecerem o erro histórico de valorizarem insistentes o rebuscado, desenvolvido e complexo, quando o simples e alegre são suficientes.

A tábua é uma homenagem aos alquimistas e à suas capacidades de transmutar o vil, pela ciência, em apreciado; as inseguranças, pela aceitação da musa, em eterna primavera; a indiferença, pela teimosia, em amor. Inspirado, Jorge transforma acordes simples, samba, coros e cordas, pelas suas 'regras herméticas', em um dos maiores tratados sobre a autenticidade e força da música brasileira. [FONTE]


Faixas:

1. Os alquimistas Estão Chegando os Alquimistas
2. O Homem da Gravata Florida
3. Errare Humanun Est
4. Menina Mulher da Pele Preta
5. Eu Vou Torcer
6. Magnólia
7. Minha Teimosia, Uma Arma Pra Te Conquistar
8. Zumbi
9. Brother
10. O Namorado da Viúva
11. Hermes Trismegisto e Sua Celeste Tábua de Esmeralda
12. Cinco Minutos


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.be cool.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse disco é verdadeiramente inigualável!! Composições fantásticas, letras, melodias e harmonas inspiradíssimas, muito DuBen. Obrigatório em toda e qualquer coleção.